sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Formas simples das histórias



André Jolles enxerga outras categorias literárias, advindas das histórias de tradição oral, a partir de formas simples, que se desenvolvem no campo da oralidade e traduzem a expressão do povo. Ele as classifica como legendas, sagas, mitos, contos, chistes, anedotas, lendas, casos, memoráveis, adivinhas, cada qual com a sua significação e representação no que tange ao sentimento que permeia a vida do homem.


No livro Formas simples, escrito em 1930, Jolles diz que há ainda uma multiplicidade de formas narrativas que vêm, desde a origem dos tempos, e que (na ausência de uma classificação teórica não-polêmica ou definitiva) consideramos também como pertencentes à grande área do gênero ficção, e às quais definimos como formas simples. 


São consideradas formas simples, determinadas narrativas que, há milênios, surgiram anonimamente e passaram a circular entre os povos da Antiguidade, transformando-se com o tempo no que hoje conhecemos como tradição popular. De terra em terra, de região a região, foram sendo levadas por contadores de histórias, peregrinos, viajantes, povos emigrantes, etc., até que acabaram por ser absorvidas por diferentes povos e, atualmente, representam fator comum entre diferentes tradições folclóricas, segundo definição da pesquisadora Nelly Novaes Coelho, 2000). 


As formas simples são estudadas como: legenda, saga, adivinha, ditado ou provérbio, caso, memorável, chiste, mito, conto (de fadas e maravilhosos). Lenda e fábula não entram na classificação de Jolles, mas são importantes para entender a forma de pensamento dos homens através dos tempos.



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